sábado, 24 de abril de 2010

O Papel do Educador nas brincadeiras

O educador tem como ferramenta de trabalho a observação e registro das crianças em suas brincadeiras, podendo a partir deles, reelaborar suas questões e definir novas propostas de trabalho.
Cabe ao educador, com sua experiência e embasamento teórico, mediar cada situação tomando a atitude mais adequada, proporcionando relações de cooperação e solidariedade.
Nós educadores costumamos ter expectativas em relação às habilidades e atividades que as crianças desenvolvem. Elas podem utilizar os objetos e envolver-se em brincadeiras de forma completamente diversa da esperada, e é fundamental que isso seja respeitado, a fim de que possam expressar-se conforme suas necessidades, desejos e possibilidades. Entretanto, o educador precisa estar atento aos objetivos propostos e, como principal mediador, fazer a intervenção necessária.
O compartilhar das brincadeiras, o saber-jogar, deve fazer parte do dia-a-dia do educador. Quando o educador for convidado a desempenhar um papel na brincadeira, não deve impor seus desejos e vontades, mas, entrar no jogo das crianças, naquilo que brincam e de como brincam, participando como mais um no grupo.
"Saber jogar é mais do que poder mostrar algumas brincadeiras e jogos às crianças,
e sentir prazer no jogo." (ANDRADE, 2001, p.97)



Aprender brincando estimula a criatividade

A brincadeira é uma situação priveligiada de aprendizagem infantil, pois possibilita as crianças  pensar e experimentar situações novas ou mesmo do seu cotidiano, isentas das pressões situacionais.
É importante que a família e a escola propiciem situações em que as crianças possam explorar livremente o brinquedo (e a brincadeira), mostrando pelo exemplo o quanto  brincar é importante. Participar, além de demonstrar a importância da brincadeira, fortalece o  vínculo entre adulto e criança e estimula seu relacionamento com o mundo.Uma boa dica é a construção coletiva, mas, tomando as devidas precauções para não impor as crianças suas próprias regras ou opiniões.
O educador não deve usar as brincadeiras apenas como recursos didáticos, fazendo delas uma mera desculpa para ensinar.
Segundo a neurociência, as brincadeiras da infancia, são um excelente exercicio para a mente em formação, estimulando a organização das ações, a elaboração de planos e estrategias e, sobretudo, evita as respostas , meramente impulsivas do cérebro.
Há brincadeiras que estimulam o raciocínio e outras que fazem a criança  movimentar o corpo. O ideal é que haja o equilibrio entre os dois.  A tecnologia pode ser uma boa aliada (Tv, games, internet), mas, como qualquer situações é recomendado que as atividades sejam adequadas para a idade.
Quando uma criança demonstra fixação por uma atividade, não se deve proibir e sim, oferecer outras opções atrativas.

Educação Infantil

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei Federal 9394/96) define a Educação Infantil, destinada a crianças de 0 a 6 anos, como a primeira etapa da educação básica a ser oferecida em creches ou entidades equivalentes até a idade de 3 anos e pré-escola dos tres aos seis anos