quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Brinquedos

Um dos aspectos que marcam a infancia é o brinquedo.
Toda criança brinca independente da época, cultura ou classe social. O brinquedo é a essencia da infancia, e o brincar é um ato intuitivo e espontaneo.
O brinquedo é um objeto facilitador do desenvolvimento das atividades ludicas, que desperta a curiosidade, exercita a inteligencia  e permite a imaginação e a invenção.

sábado, 28 de janeiro de 2012

O Desenvolvimento é linear?

Neste mundo tão diverso, não há como esperar que todas as crianças se desenvolvam da mesma forma. As oportunidades que cada um tem, as culturas em que vivem e as interações que fazem, trazem diferentes oportunidades para a trajetória de desenvolvimento das crianças.
Cada criança é um ser único e observar/acompanhar seu desenvolvimento é dirigir nosso olhar para ela mesma, considerando que ela está inserida em ambientes específicos e realizando interações específicas. Uma vez que tenham crianças possibilidades sociais e educativas tão diversas nos ambientes nos quais estão inseridas, observar o desenvolvimento e o crescimento das crianças torna-se tarefa importante na Educação infantil. Isto é, cada criança, no seu percurso de desenvolvimento, pode apresentar diferenças em relação aos outros colegas da mesma faixa etária, no entanto, não seria conveniente que as comparações fossem feitas somente com o intuito de rotular a criança. É necessário conhecermos parâmetros que nos norteiam ao acompanhar o desenvolvimento e crescimento das crianças. As pesquisas nas áreas da Pedagogia, Psicologia, Sociologia, Medicina e outras áreas afins, apresentam conhecimentos importantes sobre o desenvolvimento Infantil para a execução do nosso trabalho nas instituições de educação infantil. As crianças, mesmo partindo de possibilidades tão diferentes, apresentam comportamentos e atitudes semelhantes durante sua trajetória desenvolvimental.
A tarefa educativa exige ação. Agir a favor do desenvolvimento significa oferecer interações e experiências significativas para a criança. Significa observar a criança. Significa observar a criança, compreender que ela está em desenvolvimento, para pensar um trabalho que dê conta das suas especificidades e que permita a elas ampliarem seu potencial.

Por que falar de desenvolvimento infantil na Educação Infantil?

Muito se tem falado sobre a importância dos primeiros anos de vida - a primeira infância - para o Desenvolvimento Infantil. Isto acontece porque justamente na fase de zero a seis anos é que o ser humano se desenvolve com maior rapidez e intensidade do que em todo o resto de sua vida. Nesta fase especial da existência humana, desenvolvem-se as principais condições para ampliação das possibilidades de cada ser. Isso significa que esta etapa da vida requer atenção e cuidados para que tais, de fato, se desenvolvam constantemente.

A Ed. Infantil tem um papel importante na formação do indivíduo, pois é neste momento que as crianças iniciam o processo de descoberta de si, do outro e do mundo que as cerca. Além destas descobertas, todas as outras áreas do desenvolvimento estão vivas, como o desenvolvimento motor, da linguagem e cognitivo. A criança é um sujeito integral e seu desenvolvimento se dá em todas as áreas, de forma interligada. Os profissionais da educação infantil testemunham e trabalham, diariamente, com crianças durante este rico período de desenvolvimento humano. Isso exige dos profissionais um trabalho intencional, que articule as ações de cuidado e educação para benefício do desenvolvimento infantil.
Portanto, a função educativa obriga a conhecer e estudar, pensando cada vez mais nas intervenções que podem ser realizadas, nas interações e mediações que devem ser desenvolvidas e nas experiências que devem ser oferecidas.

Qual a relação que existe entre adaptação e acolhimento?

adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas e muito diferentes daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação - depende também da forma como é acolhida. 

A qualidade do acolhimento é que garantirá a qualidade da adaptação, portanto não se trata de uma opção pessoal, mas de c
ompreender que há um interjogo de movimentos tanto da criança como da instituição dentro de um mesmo processo.







quinta-feira, 20 de maio de 2010

Projeto quer crianças com 5 anos Ensino Fundamental

Projeto quer crianças de 5 anos no fundamental; organizações mobilizam-se contra

Desirèe Luíse
O Projeto de Lei 6755/2010 que pretende reduzir a idade de ingresso no ensino fundamental tem gerado polêmica entre profissionais da educação. De autoria do senador Flávio Arns (PSDB), o PL altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para reduzir de seis para cinco anos a idade de acesso das crianças na primeira série.

Segundo interpretação do senador, a criança deve estar no ensino fundamental já com cinco anos para cumprir a legislação. “Ela deve, então, fazer seis anos no decorrer da primeira série. Minha medida quer adequar a LDB àquilo que está na lei maior”, explica Arns.

Contrária à medida, a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), formada por 74 organizações da sociedade civil, do governo e do setor privado, está realizando ações de mobilização contra a aprovação da proposta. Em carta endereçada aos deputados federais, a rede diz: “A proposta é um atentado contra a infância e um desserviço à educação básica brasileira”.

A confusão surge a partir da modificação do artigo 208 da Constituição Federal, devido à instituição do ensino fundamental de nove anos, ocorrida em 2006 por meio da Lei 11274.

Originalmente o inciso IV do artigo 208 estabelecia que o Estado deveria garantir atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 “a” 6 anos de idade. Após a modificação, o texto diz que o dever do Estado com a educação foi efetivado mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças ''até cinco'' anos de idade.

Enquanto isso, a LDB, também modificada pela lei que estabeleceu o ensino fundamental de nove anos, diz (artigo 32) que essa etapa da educação inicia-se ''aos seis'' anos de idade.

De acordo com a RNPI, ao estabelecer o início do ensino fundamental aos cinco anos, o Projeto de Lei considera que há um vácuo entre o “até cinco” e “aos seis”. Também, ignora a existência da Resolução da CEB/CNE que determina que a criança deve completar seis anos para ingressar no primeiro ano do ensino fundamental até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.

Por outro lado, o senador diz que a medida encerraria confusões hoje provocadas pela não padronização dos textos. “A grande vantagem de discutir esse assunto é para chegar ao fim um debate judicial sobre a idade que a criança tem que completar na primeira série, pois se uma criança vai de um estado para o outro no país, há disparidades ao ingressar na escola”, explica.

O coordenador da secretaria executiva da RNPI, Vital Didonet, lembra que no ano passado foi promulgada a emenda constitucional 59, que tornou obrigatória a educação dos 4 aos 17 anos, que deve ser implementada até 2016. “Não há necessidade de antecipar a idade”, completa o coordenador.

Consequências

O que estaria em jogo não é a idade cinco anos, mas o direito ao aprendizado de acordo com as características da idade, com profissionais qualificados e espaços adequados à faixa etária da educação infantil, argumenta os setores educacionais.

“Está sendo tirado da criança o direito de aprender brincando, de trabalhar de modo diferente com a arte, a música, a natureza, coisas próprias do ensino infantil”, alerta Didonet. “No fundamental, a cadeira e a mesa são grandes para ela. Ficarão sentadas uma atrás da outra, escutando a professora, mas deveriam estar em roda”, completa.

Especialistas alertam que aos cinco anos, a criança não está com todas as suas capacidades cognitivas formadas para estar no ensino fundamental, consequentemente poderia gerar o abandono da escola. “Sabemos que a antecipação das exigências de comportamento pode fazer com que a criança se feche ou se frustre. Essa implicação apenas será percebida mais tarde”, analisa Didonet.

O Projeto de Lei nº 6755/2010 já foi aprovado no Senado e está em tramitação em regime conclusivo na Comissão de Educação e Cultura (CEC) e na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. Isso significa que, caso seja aprovado nas comissões, o documento será encaminhado para sanção pelo presidente da República.

Se entrar em vigor, haverá a mudança no processo educacional de três milhões de crianças, o que implicaria na qualificação de 100 mil professores e exigiria adequação aos sistemas de ensino de 5.560 municípios, de acordo com estimativa da Rede Nacional Primeira Infância.

Retirado do site   http://aprendiz.uol.com.br/content/preshuhewr.mmp