sábado, 28 de janeiro de 2012

O Desenvolvimento é linear?

Neste mundo tão diverso, não há como esperar que todas as crianças se desenvolvam da mesma forma. As oportunidades que cada um tem, as culturas em que vivem e as interações que fazem, trazem diferentes oportunidades para a trajetória de desenvolvimento das crianças.
Cada criança é um ser único e observar/acompanhar seu desenvolvimento é dirigir nosso olhar para ela mesma, considerando que ela está inserida em ambientes específicos e realizando interações específicas. Uma vez que tenham crianças possibilidades sociais e educativas tão diversas nos ambientes nos quais estão inseridas, observar o desenvolvimento e o crescimento das crianças torna-se tarefa importante na Educação infantil. Isto é, cada criança, no seu percurso de desenvolvimento, pode apresentar diferenças em relação aos outros colegas da mesma faixa etária, no entanto, não seria conveniente que as comparações fossem feitas somente com o intuito de rotular a criança. É necessário conhecermos parâmetros que nos norteiam ao acompanhar o desenvolvimento e crescimento das crianças. As pesquisas nas áreas da Pedagogia, Psicologia, Sociologia, Medicina e outras áreas afins, apresentam conhecimentos importantes sobre o desenvolvimento Infantil para a execução do nosso trabalho nas instituições de educação infantil. As crianças, mesmo partindo de possibilidades tão diferentes, apresentam comportamentos e atitudes semelhantes durante sua trajetória desenvolvimental.
A tarefa educativa exige ação. Agir a favor do desenvolvimento significa oferecer interações e experiências significativas para a criança. Significa observar a criança. Significa observar a criança, compreender que ela está em desenvolvimento, para pensar um trabalho que dê conta das suas especificidades e que permita a elas ampliarem seu potencial.

Por que falar de desenvolvimento infantil na Educação Infantil?

Muito se tem falado sobre a importância dos primeiros anos de vida - a primeira infância - para o Desenvolvimento Infantil. Isto acontece porque justamente na fase de zero a seis anos é que o ser humano se desenvolve com maior rapidez e intensidade do que em todo o resto de sua vida. Nesta fase especial da existência humana, desenvolvem-se as principais condições para ampliação das possibilidades de cada ser. Isso significa que esta etapa da vida requer atenção e cuidados para que tais, de fato, se desenvolvam constantemente.

A Ed. Infantil tem um papel importante na formação do indivíduo, pois é neste momento que as crianças iniciam o processo de descoberta de si, do outro e do mundo que as cerca. Além destas descobertas, todas as outras áreas do desenvolvimento estão vivas, como o desenvolvimento motor, da linguagem e cognitivo. A criança é um sujeito integral e seu desenvolvimento se dá em todas as áreas, de forma interligada. Os profissionais da educação infantil testemunham e trabalham, diariamente, com crianças durante este rico período de desenvolvimento humano. Isso exige dos profissionais um trabalho intencional, que articule as ações de cuidado e educação para benefício do desenvolvimento infantil.
Portanto, a função educativa obriga a conhecer e estudar, pensando cada vez mais nas intervenções que podem ser realizadas, nas interações e mediações que devem ser desenvolvidas e nas experiências que devem ser oferecidas.

Qual a relação que existe entre adaptação e acolhimento?

adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas e muito diferentes daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação - depende também da forma como é acolhida. 

A qualidade do acolhimento é que garantirá a qualidade da adaptação, portanto não se trata de uma opção pessoal, mas de c
ompreender que há um interjogo de movimentos tanto da criança como da instituição dentro de um mesmo processo.